A Justiça Eleitoral deferiu o pedido de habilitação da Coligação Coragem Para Mudar, formada por PL, PP, PMB e Republicanos, como assistente de acusação na ação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari (UB). Representada pelos advogados Carlos Hayashida, Patrick Sharon e Hugnei Santos Moraes, a coligação reforça o processo que também inclui a vice-prefeita Roseli Gonçalves e o vereador Gilmar Celso Gonçalves. A ação os acusa de compra de votos, aliciamento de indígenas para transferência de domicílio eleitoral e transporte irregular de eleitores.

O advogado Hugnei Santos Moraes destacou a importância da decisão: “A Coligação, o Partido e seu candidato possuem interesse jurídico direto no desfecho da presente ação, uma vez que as práticas narradas comprometem a vontade popular e interferem no resultado final das eleições.” Segundo o MPE, o trio, com ajuda de servidores públicos, teria contratado ônibus no valor de R$ 17 mil para transportar indígenas Enawene Nawe no dia da eleição. A intervenção de um cacique e de militares do Exército impediu a execução do transporte irregular.

Agravamento das denúncias e pedidos do MPE

O MPE afirma que o atendimento de saúde em Brasnorte foi usado como justificativa para a transferência eleitoral em massa, embora o território indígena esteja mais próximo de outros municípios. A denúncia inclui a cassação do registro de candidatura do prefeito, da vice-prefeita e do vereador, além de inelegibilidade por oito anos e punições para os servidores envolvidos. Com a habilitação da coligação no processo, a apuração dos fatos ganha reforço, garantindo maior transparência e preservação da lisura eleitoral.